O amor como destino
CONVERSAS PSICANALÍTICAS COM O DR. EDUARDO BAUNILHA
O amor como destino
Thomas Merton nos traz uma reflexão tão óbvia, mas ao mesmo tempo tão poderosa por causa da verdade que a encerra. O pensador diz que não encontramos o sentido da vida sozinho, por conta própria. Só encontramos com o outro.
Mas este conceito só se faz valer quando entendemos que ele precisa se concatenar por meio de uma ligação com o divino. Todo dom perfeito vem de Deus, diz a Bíblia sagrada. Então, tudo o que posso transfigurar de bom e valorativo tem um respaldo do Pai Criador.
É uma falácia pensarmos que conseguimos seguir a vida sem uma dimensão espiritual. Deus e os anjos precisam ser testemunhas de nosso caminhar.
Quando os temos como cúmplices passamos a entender que o amor não dilui nossas dificuldades, mas nos dá meios para lidar com elas de maneira que as vemos como experiência, não como condições limitadoras.
Estarmos ligados a luz não nos impede de vivermos escuridões. Sentir a paz que excede todo o entendimento não nos abole de vivermos tensões e angústias. Ou seja, pensar em uma existência sem nenhum desafio é uma utopia que não deve ser cultivada, por causa de sua impossibilidade. Mas estarmos abertos ao movimento que a vida traz nos doa esperança e fé capazes de curar nossa alma cansada.
Uma cura que nada tem a ver com eliminação de dor, mas que se transforma em um conduto que nos prepara para receber o amor em sua verdade, sem ilusões. Uma condição que elimina o medo, afasta o temor e nos enriquece de coragem e força. Bens que me auxiliarão na disseminação de um sentimento que salva, cura, redime, engrandece e, acima de tudo dá esperança e promove paz.
O amor tem que ser o nosso destino!
Um fortíssimo abraço para você!
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